Quanto à corrupção já virou endemia. Está patente que corruptos e corruptores comungam de uma cultura de impunidade nesse país. A população também é inerte é compactua quando no ônibus lotado, o trocador apressado devolve R$ 17,50 ao passageiro, pensando que ele lhe dera R$ 20,00, quando na verdade, deu apenas R$ 5,00 e, na passagem que custa R$ 2,50 o cidadão imoral, segura o troco como se nada tivesse acontecido. Que mediocridade.
Quanto ao futebol, admiremos Neymar que vai ganhar mais de R$ 3.000.000,00 por mês, enquanto os flanelinhas no mercado de Aracaju mendigam a gorjeta de R$ 0,50 por carro. Poupem-me! Sempre me liguei no futebol, mas os gaboneses com sua cultura rica e contagiante no centro da África – que de passagem é nossa mãe cultural – não deviam aceitar jogar com um time tão fraco e inconsistente. Francamente, eu distribuo melhor as camisas do que o Mano Meneses. O que dinheiro não faz. Que horror.
E o famoso hospital? Mal se falou nele e pensei: os hospitais dos bairros – Getúlio Vargas e Augusto Franco – e mais o HUSE estão superlotados de que? De pessoas alegres e felizes pelo atendimento exemplar do poder público? Que nada, estão chorando e se lastimando porque na saúde há dinheiro que corre pelo esparadrapo e escorrega pelo éter, ou melhor, pela seringa do oportunismo. Não queremos saber se virá ou não mais uma casa de saúde, queremos é tratamento para os mais pobres. Logo, foi para ontem. Melhor, amanhã, não me confundiram, hoje, depois e depois e não promessa antecipada de campanha. Chega de embromação.
Na sociedade que privilegia o acerto e acredita na justiça, as coisas não podem andar desse jeito. Sonhei que em 2012, teremos um (a) prefeito (a) com rosto de médico, corpo de juiz (justiça, equidade), braços e mãos como o de Marta que sempre atendeu Jesus com presteza e pernas de Zico, para fazer sem excentricidade – como a do desgastante Neymar – gols de falta, gols de liberdade, de equidade licitatória e gols de democracia. De repente, acordei. Foi um sonho. Mais não custa hein, não paga imposto. Terminando: “Esse é um pais que vai prá frente...”
José Soares de Jesus